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No mundo, brasileiro é dos mais otimistas com sua economia
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Mortalidade infantil cai em todo o Mundo
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Lixo no mar entre Brasil e África será mapeado
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Há hoje mais profissões do que no passado? Uma pensata.
Imagem: Sebastien Fritzon
Me deparei recentemente com um texto interessante escrito pelo filólogo Antônio Houaiss (1915-1999), no qual que ele estimava quantas palavras existiam nos séculos XIX e XX para designar profissões. Reproduzo:
“a divisão do trabalho físico e mental sofreu uma revolução; estima-se que, pela metade do século XIX, um vocabulário de em torno de 260 denotativos era suficiente para designar todas as ciências, artes, mesteres, profissões; pela metade deste século (o XX), um vocabulário mínimo de 24 mil designativos se fazia insuficiente para designar as ciências, subciências, superciências, metaciências, artes, subartes, transartes, profissões, especilizações, microespecializações” (…).
A pensata de Houaiss é de 1985 e está na obra “A Construção do Livro” (pág 20), de Emanuel Araújo.
É curioso imaginar como seria este placar hoje, neste início de século XXI, em pleno vigor da revolução permanente nas comunicações. Teremos mais profissões hoje do que no século passado? Ou se pelo contrário, ao nos transformarmos em ilhas produtivas, que, cada qual, precisa responder às mais diversas demandas, não tenhamos regredido na tal divisão do trabalho físico e mental (no sentido em que o indivíduo precisa desempenhar as mais diversas funções e recorrer a habilidades várias, “aglutinando” procedimentos antes separados)??
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Política, internet e eleições
Imagem: brubeck
A maneira como a Internet interfere na política – e nas campanhas eleitorais – pode gerar estudos interessantes.
Uma pesquisa sobre o comportamento do eleitorado americano em 2008, na disputa presidencial que elegeu Obama, feita pela Pew Internet & American Life Project, por exemplo, mostra que 74% dos usuários da rede nos EUA (ou 55% da população adulta total) utilizaram a Internet para coletar informações sobre as eleições.
Cerca de metade (45%) acessou vídeos de campanha via a web e um terço repassou mensagens com conteúdo político.
Foram entrevistadas 2.542 pessoas entre novembro e dezembro de 2008 – veja o resumo aqui (em inglês).
No Brasil, um livro da Fundação Perseu Abramo – A Mídia nas Eleições de 2006 (Organizado por Venício A. de Lima) – sugere que por aqui a influência da Internet também se faz sentir: ela possibilita o surgimento de novos “formadores de opinião” (ONGs, pensadores, associações, grupos etc), que podem servir como contraponto crítico às mensagens de políticos, grande mídia etc.
A idéia é instigante, embora seja, por enquanto, apenas uma boa hipótese.
Cigarro em alta na Europa
Imagem: garssa
Apesar de a preocupação com o meio ambiente e saúde pessoal estarem, aparentemente, em alta, uma pesquisa recém divulgada na Dinamarca mostra que na Europa o consumo de cigarros ainda atrai – e bastante – os mais jovens.
29 % dos adolescentes entre 15 e 16 anos entrevistados em 35 países europeus (com a Áustria em primeiro lugar) afirmaram que fumaram um ou mais cigarros nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Outros 39% afirmaram que tomaram pelo menos um porre nas quatro semanas que antecederam ao estudo. Na Dinamarca é onde os adolescentes mais bebem.
Pelo visto, as indústrias de tabaco e álcool têm uma vigorosa base de consumo para o futuro.
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Preconceito contra favelas
No início deste ano, o Ibase, do Rio de Janeiro, realizou quatro grupos focais com moradores de dentro e fora de favelas para detectar a percepção de uns e de outros sobre o que é morar em favela (para interessados posso enviar o relatório).
Chama a atenção a prevalência de um discurso bastante preconceituoso do carioca. Foi perguntado se “favela é cidade?”. Veja duas respostas:
“Acho que é tipo um erro da cidade. É a parte que a cidade não queria ter” (Jovem, 23 anos, estudante universitário, morador da Barra).
“É uma cidade, mas não é a nossa cidade.” (Mulher, 60 anos, Superior Completo, diretora de escola, moradora de Copacabana).
Além disso, entre moradores do “asfalto” ideias como “controle de natalidade nas favelas”, “remoção”, entre outras, ainda encontram eco.
“Deveriam proibir a moça na favela de reproduzir”, disse, no Grupo Focal, um homem de 36 anos, morador de Bonsucesso.
Não sei se posições preconceituosas são maioria, mas revelam um sentimento difuso entre muita gente da classe média carioca, de que é possível ter na metrópole cidadãos plenos e quase-cidadãos.
Está aí uma faceta do atraso do Rio, que aponta para o século XIX.
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Polícia é responsável por 25% dos homicídios no Rio
Uma em cada quatro mortes por homicídio na cidade do Rio entre 2003 e 2006 foi de responsabilidade das forças policias (militar e civil). Quando um PM mata uma pessoa, o caso é classificado como “auto de resistência”.
Pesquei este dado no IPEA.
Mostra que a polícia carioca (em particular a militar) desistiu de enxugar gelo…sai atirando.
Quando as polícias serão reformadas?
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