Buscando outro dia notícias sobre a China no site do Diário do Povo (órgão oficial do governo chinês), descobri uma coisa interessante. Os chineses referem-se aos internautas como “netizens”.
Nunca tinha lido ou ouvido esta expressão. Aparentemente trata-se de um neologismo formado a partir das palavras net (rede) e citizen (cidadão).
Em um dicionário online encontrei a seguinte definição para “netizen”:
cidadão da Internet (aquele que vê na Internet uma comunidade social e cultural); indivíduo que se utiliza da Internet para expressar suas idéias em discussões e votações.
Curioso que justamente na China – país visto pelo senso-comum ocidental (americano) como lugar onde não há “liberdade de expressão” – este termo (tão, digamos assim, politizado) seja utilizado.
Para ficar atento, afinal, 1 em cada 6 usuários de Internet no mundo é chinês (lá são 180 milhões online, superando os EUA em números absolutos).
E uma pesquisa recente divulgada pela Xinhua (agência de notícias chinesa) listou as principais preocupações dos “netizens” chineses, sendo que corrupção é o que lidera.
A pesquisa detectou também que os “netizens” chineses acham que a Internet deveria controlar o governo – e não o contrário. Para um país onde não há “liberdade de expressão”, até que é uma proposição bastante avançada…