
Imagem: Yumi shimada/ym
Para quem se interessa pelo estado atual da imprensa no mundo, recomendo o artigo da jornalista Argentina Inês Haya, publicado no blog ODiario.Info (que tem entre seus editores o experiente jornalista e escritor Miguel Urbano Rodrigues).
Ela traz uma lista de diversos jornais que faliram – ou estão em sérias dificuldades – nos Estados Unidos, mas também Espanha e Argentina.
Para se ter uma idéia:
O grupo que edita o El Pais (principal jornal espanhol) perdeu 95% de seu valor de bolsa – uma ação vale menos do que um exemplar do jornal; seu concorrente, o El Mundo, também enfrenta problemas financeiros graves.
Em março Seattle amanheceu sem um dos seus principais diários, o The Post Intelligencer (que faliu após 146 anos); no final de 2008 a Tribune Company, segundo grupo midiático dos EUA (proprietário do The Baltimore Sun) foi a nocaute; ainda nos EUA, a Gannett Company – proprietária de 85 diários – eliminou mais de 8 mil postos de trabalho entre 2007 e 2008.
A lista continua e é longa: a empresa que publica o USA Today (diário de maior circulação no EUA) demitiu mil trabalhadores em agosto de 2008; em janeiro de 2009 faliu o The Star Tribune de Minneapolis; na Argentina o grupo La Nación fechou uma revista e começa a demitir.
O que há de comum nesses casos? A jornalista enumera: diminuição de anunciantes, queda das ações, das vendas e leitores.
Por enquanto a estratégia parece ser migrar para o “online” e cobrar pelo conteúdo.
Recentemente a The Economist também trouxe um artigo a respeito do assunto (lembrando que na Inglaterra 70 jornais locais faliram em 2008 e que São Francisco, na Califórnia, pode ser a primeira das grandes cidades americanas a ficar sem um jornal de circulação diária…).
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