Arquivo da categoria: Mulheres
A Internet e as mulheres no Brasil
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Vem aí mais uma mobilização contra o aborto
Imagem: Iren Tarvid
Depois de sofrerem um revés midíatico com as desastradas declarações do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho – que ao condenar o aborto legal feito em uma menina de 9 anos disse que este é mais grave do que o estupro (estabelecendo um absurdo parâmetro de comparação) — os grupos “pró vida” (contrários à legalização da interrupção da gravidez) preparam novas campanhas para este ano, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o aborto em anencefalos.
E, das associações religiosas, não é apenas a Igreja Católica que milita contra o direito ao aborto; os espíritas também se mobilizam com afinco (já os pentecostais da Igreja Universal são, neste tópico, mais flexíveis).
O diretores do filme Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito, os cearenses Halder Gomes e Glauber Filho, finalizaram dois curtas “pró-vida”, a serem utilizados em campanha pelo país.
Lançado em 2008, o filme Bezerra de Menezes, de baixo orçamento e que conseguiu 500 mil espectadores no país, é um projeto da Associação Estação da Luz, instituto de cunho espiritista do Ceará. De acordo com seu produtor, Luis Eduardo Granjeiro Girão, o longa-metragem foi dedicado às “crianças vitimas de aborto provocado”. A história de Bezerra de Menezes não fala em aborto, embora haja uma conclamação contra a prática no final do filme, em, quase, uma propaganda subliminar, quando o espectador é pego de supetão com a exibição de uma frase atribuída a Madre Teresa de Calcutá.
A turma contra o aborto mobiliza sua própria mídia (filmes e informações que veiculam via TVs e rádios que controlam), para uma polêmica em que, aparentemente, forças religiosas significativas encontram-se em sintonia.
Do outro lado, por enquanto, além dos movimentos de mulheres, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, vem desempenhando seu papel republicano, salvaguardando – pelo menos em suas reações na imprensa — o caráter laico do Estado brasileiro.
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Mulheres na política: igualdade só daqui 100 anos
Imagem: c23gooey
Um texto do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) – que chegou via Adital (agência de notícias da América Latina e Caribe) – mostra que há apenas 17,2% de mulheres legisladoras no mundo; com 8,7% de deputadas federais, o Brasil está em 146 lugar em um ranking de 196 países, conforme dados da ONU.
Ainda de acordo com o texto, a continuar neste ritmo, mulheres e homens terão a mesma representatividade nos parlamentos do mundo somente daqui a 100 anos…
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Mulheres e a imprensa
O site Mais Mulheres no Poder oferece um clipping online com notícias que dizem respeito a mulheres na política. Pode ser útil para acompanhar o que está sendo dito neste 8 de março (Dia Internacional da Mulher)…
Veja aqui. (clique em “clippings”)
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Em 17 cidades, há mais mulheres do que homens nas Câmaras Municipais
Imagem: Márcia Leite
De 5.564 municípios brasileiros, 17 possuem Câmaras Municipais com mais mulheres do que homens. Veja a lista:
Dias D´Avila (BA), Senador la Rocque (MA), Jaramataia (AL), Itaubal (AP), Terra Nova (BA), Montanhas (RN), Patu (RN), Sitio Novo (RN), Ipaumirim (CE), Pires Ferreira (CE), Poranga (CE), Amarante do Maranhão (MA), São João do Manhuaçu (MG), Vitória do Xingu (PA), João Alfredo (PE), Contá (PR) e Pontal (SP).
Estas cidades fazem parte da exceção. A regra é que política no Brasil é coisa de homem; os dados do TSE apontam que dos 51.907 vereadores eleitos, 6.498 são mulheres – ou apenas 12,5% do total.
É muito, muito pouco.
Países como Ruanda, Suécia e Cuba têm parlamentos nacionais com mais de 40% de mulheres, de acordo com um ranking disponível no site Mais Mulheres no Poder.
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Ódio às mulheres
Imagem: Cris Bierrenbach/dias de fúria…
O portal “Violência contra a Mulher”, hospedado no site do Instituto Patrícia Galvão (instituição que analisa a mídia, principalmente no que concerne a questões ligadas a mulheres) traz uma reflexão interessante sobre o recente assassinato de Eloá, 15 anos, pelo seu ex-namorado, Lindemberg Alves, em Santo André, após seqüestro. Reproduzo abaixo um trecho; vale a pena ler o texto todo no site do Instituto.
O que faltou à mídia destacar?
Faltou relembrar as centenas de comportamentos semelhantes ao de Lindemberg Alves. Isto é, faltou dizer que o homicida passional é possessivo, egoísta, não suporta ser contrariado, é vingativo e muito perigoso; que este tipo de assassinato acontece todos os dias no país; e que Lindemberg Alves exibiu um comportamento tristemente conhecido, cujas características são a agressão, o ódio e a destruição do outro, e não a paixão e o amor. Como Pimenta Neves, Doca Street, Lindomar Castilho e inúmeros “homens de bem”, Lindemberg, frustrado e de posse de uma arma, relacionou-se com sua ex como se ela fosse sua propriedade e decidiu que seu fim deveria ser a morte.
(extraído do site do Instituto Patricia Galvão)
Mais prefeitas, menos vereadoras
Embora o número de mulheres eleitas prefeitas tenha crescido nestas eleições (9,16% dos novos prefeitos são mulheres, contra 7,32% em 2004, de acordo com o TSE), a participação feminina nas Câmaras Municipais não evoluiu.
Dos novos vereadores, 12,51% são mulheres, contra 12,64% em 2004 (ano da eleição anterior).
A continuar neste ritmo, o Brasil vai continuar a ser um dos países com menos mulheres em seus parlamentos no mundo. Um ranking que está no site “Mais Mulheres no Poder no Brasil” mostra que, em termos de presença feminina nas “Câmaras Baixas” (no nosso caso, Câmara Federal), ocupamos, entre 188 países, uma melancólica 142 posição. Com 9% de deputadas federais, estamos atrás de países como Ruanda (48,8%), Suécia (47%), Argentina (40%), Costa Rica (36,8%), entre tantos outros.
Eleições: mulheres vão bem nas Capitais
Imagem: Sebastian Fritzon (Suécia)
Se a presença feminina na política é um bom sinal, então estas eleições municipais parecem anunciar bons ventos. Pelo menos nas capitais.
De 26 capitais, em cerca de metade (10), candidatas mulheres tiveram participação importante. Em duas (Fortaleza e Natal) elegeram-se em primeiro turno; em outras duas (São Paulo e Porto Alegre) estão no páreo do segundo turno; e em outras seis cidades grandes (Rio, Belo Horizonte, Macapá, Belém, Curitiba e Florianópolis) candidatas alcançaram a faixa dos 10% dos votos (margem que as credencia como interlocutoras políticas locais).
Já no Rio, política é para Homem
Das 92 cidades do Estado do Rio de Janeiro, em apenas 13 (14,1% do total) candidatas mulheres chegaram nas duas primeiras colocações.
Em menos de um quarto das cidades (22) houve candidatas mulheres à prefeitura….é pouco.
Fonte: DataEntrelinhas
Amazônia, duas notas
Abaixo duas informações sobre a Amazônia, que valeriam uma apuração mais aprofundada – uma pela curiosidade, a outra pela dramaticidade.
Primeiro, o drama:
Tráfico de Mulheres
O Arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira, diz que a Amazônia tornou-se uma das maiores rotas de tráfico de mulheres. Vale investigar.
Fonte: Boletim do Serviço à Mulher Marginalizada, citando o jornal Diário do Amazonas.
Notícia completa em: http://www.smm.org.br/noticias2008/arcebispo.htm
Agora, o curioso:
Baleias no Amazonas
Mais uma baleia da espécie minke se perde nos rios da Amazônia. Dessa vez, uma fêmea de 10 metros apareceu no litoral amazônico, em Viseu, no Pará. Os pesquisadores estão estudando as possíveis causas do surgimento das baleias nos rios da região. Daria uma boa matéria de TV.
Fonte: boletim eletrônico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – www.icmbio.gov.br
OBS – o que deveria vir primeiro, o “drama” ou o “curioso”???
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