Arquivo da categoria: Economia
No mundo, brasileiro é dos mais otimistas com sua economia
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Quem são os maiores fabricantes de armas do mundo?
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Cidadãos tornam-se acionistas de empresas para fazerem denúncias
Pescador se prepara para depoimento em reunião de empresa alemã
Lendo o ótimo site Fazendo Media fiquei sabendo de uma estratégia curiosa adotada por cidadãos para fazerem denúncias contra grandes grupos econômicos que afrontam seus interesses (tarefa, diga-se, das mais inglórias). Funciona assim: eles compram ações das empresas e tornam-se “acionistas críticos” (ao que parece a prática é comum na Alemanha). Por portarem ações, eles ganham assento nos encontros anuais de acionistas, com direito à voz – e soltam os lagartos.
Foi o que fez um pescador do Rio de Janeiro que, apoiado por organizações da sociedade civil, participou, no ultimo dia 21 de janeiro, de um encontro de 2 mil acionistas da Thyssenkrup na Alemanha. A empresa lidera a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), na Zona Oeste do Rio, em parceria com a Vale do Rio Doce.
Diz o texto, assinado por Gilka Resende: “Com essa abertura, chegaram a todos os acionistas presentes, bem como à direção e ao conselho da ThyssenKrupp, denúncias sobre crimes ambientais e sobre o desrespeito aos direitos humanos e trabalhistas cometidos pela empresa Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) no Brasil”.
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Uma nota sobre preços & lucros
Imagem: Poster Boy Subway Art
Folheando o livro “Marketing para o Século XXI”, do consultor e professor americano Philip Kotler, me deparei com uma tabela curiosa. O autor (provavelmente citando dados de terceiros) apresenta estimativas de quanto sobe o lucro das empresas quando estas aumentam seus preços. Reproduzo abaixo.
Quando um produto sobe de preço 1%, quanto aumenta o lucro da empresa que o comercializa?
Para a Coca-Cola o lucro sobe 6,4%
Fuji Photo – 16,7%
Nestlé – 17,5%
Ford – 26%
Philips – 28,7%
(página 130; o livro é de 1999).
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Paulistano trabalha 40 minutos para comprar Big Mac
Deu no site da revista The Economist: em São Paulo precisa-se trabalhar, em média, 40 minutos para se comprar um Big Mac (um pouco acima da média tomada em 73 cidades do mundo). Em Tóquio, labuta-se 12 minutos…e na Cidade do México, mais de 2 horas.
Números, números, números….
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Uma tonelada de minério de ferro ou um par de tênis?
A revista Desafios do Desenvolvimento, do Ipea, de julho, traz uma informação curiosa.
A publicação diz que uma tonelada de minério de ferro é vendida no mercado internacional por US$ 60, “valor insuficiente para importar um par de tênis de marca”.
O paralelo é revelador, haja visto que 43% das exportações brasileiras em 2008 foram exatamente de “commodities” (como minério de ferro e soja). Segundo a revista, dos produtos exportados pelo Brasil, apenas 6,8% são de “alta tecnologia”.
O Ipea lembra ainda que desde abril de 2009 a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil. Só que: “Hoje, as matérias-primas – soja e minério de ferro – concentram mais de três quartos das vendas brasileiras (para a China), enquanto as importações (daquele país) são basicamente de produtos manufaturados com maior valor agregado”.
O Ipea advoga que o caminho é investir em pesquisa & desenvolvimento para diversificar esta pauta de exportações. Segundo a revista, “metade de tudo o que as empresas da Europa e Estados Unidos investem em pesquisa e desenvolvimento é financiada pelos respectivos governos. No Brasil, o governo entra com apenas 5%”.
Taí uma boa pauta para 2010…quem terá, de fato, esta visão de país?
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The Economist pergunta: ricos devem pagar mais impostos?
Imagem: The Croopier
O site da revista The Economist está com uma enquete interessante. A pergunta é: os ricos deveriam pagar mais impostos para reduzir as desigualdades sociais? A votação online – que por ora segue empatada – vai até o dia 17 de abril (para votar é necessário fazer cadastro).
Vale a pena dar uma olhada nos vários artigos de opinião à disposição na página (contra e a favor, em inglês) – iluminam um debate atual.
Em sua versão impressa, a revista lembrou, recentemente, que aumentou a diferença de renda nos EUA nos últimos 30 anos: em 1979, 0,1% dos americanos mais ricos tinham renda 20 vezes superior à dos 90% mais pobres; em 2006, essa diferença pulara para 77 vezes (fruto, diz a revista, entre outros, da “financeirização” da riqueza – ou, nas minhas palavras, do milagre da reprodução de derivativos). Este fator – bem como a recente crise, cuja conta produzida por financistas (ricos) é paga pelos contribuintes – alimentaram, sugere a revista, o ressentimento contra os “ricos” de modo geral.
Enfim, um bom debate.
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Crise: quem são os bois?
Imagem: NiGeLaToR
O jornal britânico The Guardian publica esta semana uma série de matérias sobre a crise financeira. Na edição de segunda-feira, o título da reportagem foi: “25 pessoas no coração do desastre”. A matéria dá, enfim, nome aos bois. Encabeça a lista Alan Greenspan (presidente do Federal Reserve, o banco central americano, entre 1987 e 2006), mas estão citados os ex-presidentes americanos Bill Clinton e George W Bush, executivos do Goldman Sachs (banco de investimentos), Standard & Poors (agência de classificação de risco), AIG (seguros), entre outros.
A edição traz fotos de cada um deles e pequenos textos explicativos.
Vale pelo didatismo.
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Na The Economist, Lula infla a classe média
O presidente Lula assina um artigo na edição anual da The Economist “O Mundo em 2009”, com previsões para o próximo ano. Em meio a loas a seu governo (o que é natural, o artigo é dele), o presidente cita um dado, no mínimo, controverso: a de que a maioria da população brasileira (52%) pertence à classe média.
Embora o termo “classe média” seja subjetivo, a impressão que dá é que Lula inflou os números.
Segundo o “Atlas da nova estratificação social no Brasil” (ed Cortez), lançado em 2006, define-se como classe média a população que tem renda familiar mensal entre R$ 1.556,00 e R$ 17.351,00. Estão nesta faixa, segundo o estudo, 57,8 milhões de brasileiros, ou 31,% da população (33 milhões menos do que afirma o presidente).
O Atlas foi organizado, entre outros, pelo economista Márcio Pochmann, que hoje preside o IPEA (do governo).
Os números de Lula na Economist talvez não coincidam com as estatísticas reais, mas como em política a versão pode valer mais do que o fato, é possível que “nos transformamos em um país de classe média” vire o mais novo mote presidencial.
Para o público da revista – corporativo e internacional – o dado soa bem, já que classe média é sinônimo de mercado e estabilidade política.